Ausência
por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada ninguém a rouba mais de mim.
talvez essa seja uma solução, não é aqui que apareço, é aqui que me anulo, ou morro. não é pra ter voz, é pra perdê-la. tipo mallarmé, certo?
ai, nem sei mais.. deixar só a linguagem, deixar só o sujeito, vazio fora da enunciação que o define, não seria estruturalista demais?
um circo
onde você defendesse sua tese
maria, num picadeiro minimo,
se decidisse entre a faculdade
de letras e a de comunicação
pedro batesse fotografias
eu, esquecido do diploma,
debulhasse um sem número
de ofícios
sweetheart
kleptomaniac sweetheart
you know what lies are for
and i, love, am a pathological liar
but there is a charge, a very large charge
for a word or a touch
or a bit of blood
honey love you honey little honey funny sunny morning
love you more funny love in the skyline baby
ice-cream 'scuse me ive seen you looking good the other evening
oh you dig it had to smile just an hour or so
(are) we in love like i think we be?
it aint a long rhyme it took ages to think
i think i love it in the water baby
flaking you are an nice little one to put it all around
its just good i like it hey hey hey
s'pose some time that day well be swinging along over across to me
goodtime rocker woman well stray our pieces
little creepy we shine so sleepy so whoopee!
thats how you look..
(oq seria das minhas aulas, huh?rs)
:: ... 8:42 PM [+]
::
...
joni diz:
carbonmonoxideponteblogspotpontecom né?
desespoir agreable diz:
ééé
desespoir agreable diz:
hahaha
joni diz:
larissa, a menina da ponte
desespoir agreable diz:
é como no filme né? eu sou a vanessa paradis
de um lado, é não dizer nada, de outro, é dizer demais: impossível ajustar.
*
alguém deveria me ensinar que não se pode escrever sem fazer o luto da própria "sinceridade".
1 - o nome da menina era kajdbkjdb
2 - como é? que nome é esse? rsrs
1 - ah minha filha, já fiquei com muita menina do nome feio.
3 - ih gente, é por isso que eu nem pergunto mais o nome..
2 - comassim? tu chama como? qual o apelido padrão?
3 - tem apelido não, nega. chamo "vem cá" e "vamo ali"..
"texto de prazer: aquele que contenta, enche, dá euforia; aquele que vem da cultura, não rompe com ela, está ligado a uma prática confortável de leitura. Texto de fruição: aquele que põe em estado de perda, aquele que desconforta ..., faz vacilar as bases históricas, culturais, psicológicas, do leitor, a consistência de seus gostos, de seus valores e de suas lembranças, faz entrar em crise sua relação com a linguagem"
[...] a leitura é condutora do Desejo de escrever[...], não é, de modo algum, desejarmos forçosamente escrever como o autor cuja leitura nos agrada, o que desejamos é simplesmente o desejo que o scriptor teve de escrever, ou ainda: desejamos o desejo que o autor teve do leitor quando escrevia, desejamos o ama-me presente em toda escrita.
alguém corta o cordão?
ou eu mesma..
é paixão pra ta do lado, e não esse
rastro...
percebo todas as impossibilidades,
mas ainda espero você cair das páginas
nos meus braços
... a poesia como esse jogo de mostra-esconde
mas não se pode mostrar tudo, certo? tirar toda a roupa
ai, a linguagem é tão impossível..
essa intimidade que não pode ser revelada
essa história pessoal, que mesmo que escreva e escreva, nunca pode ser contada.. essa história que vai além do joguinho poético mostra-esconde,
é impossibilidade pura.
o tofinho ta tão lindo..
:: ... 6:13 PM [+]
::
...
:: terça-feira, novembro 09, 2004 ::
[passado]
ficava resolvido
que toda faxina interna
era aberta à visitação
vinte anos arrumando a casa
a espera de uma alma viva
e so me aparece alma penada
.foi essa moça aqui ó.
legal né?!
:: ... 1:11 AM [+]
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...
:: segunda-feira, novembro 08, 2004 ::
okkervil river.
robit mandô baixar. baixei.
song about a star
it ends with a fall
listening to otis redding at home during christmas
kansas city:
And I’ll tell you one thing that you should never do - never let a woman tell you she loves you. She’ll call you “baby,” she’ll look in your eye, then she’ll get on that airplane and wave “bye bye bye bye bye bye, baby.” And if I could believe what I want to believe, I’d hold you all close and take you with me, all of you to Kansas City, where the sky is so blue.
it wont be the same..i turned the lights down and then i hit the ground..and even in the dark, loneliness knows my name..
but these eyes are strong because youd never know that anything was wrong..
ill keep you holding on..over and over again..
wake up next to you, honest screw..because you always go too far..
so, you slip slowly out, to sit in the next room and eat your breakfast in the dark.
it wont feed your cold and lonely heart..
hush, hush before you say
something you cant take away..
:: ... 1:22 AM [+]
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...
:: quinta-feira, outubro 21, 2004 ::
sagitariana em pele de capricórnio
tudo no seu devido lugar compensando
a minha falta de lugar..
o que explica, Bakhtin querido,
meu devido medo do carnaval.
quase uma desconhecida..
e uma aflição.. ataque de ansiedade.
repetindo o amor quase como se ele escapasse..
se voltar aqui é anuncio de reviravolta,
notas de amor nunca mais, volto a escrever apenas cartas comerciais..
não sei. faz um bom tempo que não vasculho minha cabeça, o corpo ta começando a cobrar agora... foi essa a melhor explicação que consegui, vou ter que virar ao avesso mais uma vez..
é sempre uma experiência mortal.
não da pra pensar nesse tipo de amor, ou melhor, amar assim.. nessa, sei lá.. loucura ocidental.. como se antes fossemos um só, daí então os deuses ficaram enciumados, pq sim, todo excesso provoca os deuses, e nos separaram... então estamos sempre atrás da metade, tentando dar conta de um hole que nunca vai dar pé.
Uma das suas.
Suave lembrança ensina. Não vou morrer até o fim.
Der e vier de garras afiadas, dentes na mão.
Seu livro solta folhas enquanto leio um poema
Chupadon –
Você disse isso.
Mais doce na manga o coração: duas antigas.
Antigamente, eu me sentia mais nova do que sou.
Isto me faz lembrar outra frase à porta da igreja.
Esta casa qualquer coisa assim
aqui está para todos os homens.
To see, to rest, to pray.
E eu também nem nada.
Morri sem saber quem são os 3.
Mas os outros grandes ... descobri! São
reticentes.
é você
que está ali de roupa clara sorrindo ou fingindo ouvir?
Alguns estão dormindo de tarde.
Coisa ínfima,
quero ficar perto de ti.
.pq eu tava com saudade da angela.
:: ... 11:22 AM [+]
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...
:: terça-feira, agosto 17, 2004 ::
lançamento do livro comemorativo dos 10 anos da Revista Azouge
com a presença do editor Sergio Cohn
dia 21/08, Sábado, 20:00h
no Cohibar - rua 12 de Outubro - Graças - Recife.
se esparrama com delicadeza, dá um sorriso (discreto) de canto de boca, espia pelo buraco da fechadura sem nenhum pudor.
dá marcha a ré menor sem charmeur, segue pelo caminho mais comprido dando um adeus dramático e nada mais.
suspira com impaciência resignada.
(não basta um grande amor para escrever poemas.)
honey love you, honey
little honey funny sunny morning
love you more funny love in the skyline baby
ice-cream 'scuse me, i've seen you looking good the other evening
oh, you dig it, had to smile just an hour or so
are we in love like i think we be?
it ain't a long rhyme.. it took ages to think
i think i love it in the water, baby...
corujão da salvação - tita e leal vão dominar o mundo! escutem isso, ta genial!
- ... e temos alguém na linha! alou?
- pastor euclides, eu queria pedir pro senhor rezar pro meu irmão inaldo, que ele já morreu e eu nunca mandei rezar uma oração pra ele, sempre é pra eu mandar rezar uma oração no culto, mas quando vai chegando a hora eu esqueço,
e ele já morreu faz nove anos já, meu nome é carmem.
voltei pro caio, é triste essa realidade.
pilhas de livros criando teias na estante, e
o caio chega hoje da banca e já sai como o
escolhido, o ganha.dor. quando pensava (só pensava) que
tava caindo fora desse mundo das referências, corda bamba, mais cazuza, donne, a festiva, ângela melim, pensando em k.m. e
me perguntando, onde andará márcia denser?
os nomes são baldovina e josé cemí.com os olhos abertos a toda crença. atrás das idéias pra depois pegar diderot, fora da universidade, e sobre os cegos. festa de cego todo mundo pode fazer sexo. volta a velha teoria da visita, ainda não formulada. bliss, dalloway, g.h., dogville.. e a lygia fez certinho, usa emmanuel, aquele que aparece, lygia é uma que sabe, como diria o donne. a injustiça de julgar não é passividade, algumas verdades são escolhidas, e a retórica é quase sempre eficiente. a reprovação que não é. tira a moral da história e fica com a ética, mas isso não é introdução à filosofia não, honey.
era por assimiliação e não por exclusão, mas sobre isso prefiro dar mais tempo.
perhappiness. de busca infinita, de amar o amor, de amar amar. de esquecer ex-amado, sem número, preocupações.. que nunca fomos inteiros, então nunca fomos partidos por deuses, então não procuremos a outra metade. só conheço ‘bem’ junto de ‘meu’, que se não é meu não precisa ser bem. tipo sabe quais são meus votos, né?.
deixe que minha mãe errante adentre.. é um poema de sacanagem em grande estilo, um tira a roupa meu bem.. sem grosseria, porque a falta de sutileza na literatura pode ser fatal. e a felicidade, love? hello, darling, agora é tarde, felicidade. e é desconcertante cantar felicidade sem ser bobagem. mas tem bliss, e é daí que nascem nossas canções e poemas, nossas formas. nah, mó enganação. é a maldade e a infelicidade que mexem com o nosso imaginário, darling. e tem aquele livro o amor e o ocidente, mostrando como a literatura nasce toda da morte e sua paixão. preciso tomar uma decisão, porque todas as palavras não cabem em as mulheres gostam muito. eu queria ler esse livro.
caetano no cinema cantando uma elegia de john donne.
eu de frente para a tela, no escuro não faz sol.
a biblioteca de tarde no fundo, no inverno.
anoitecendo muito cedo.
não preciso mais de ironia para deslindar a self-pity. o mistério não dá mais pena de mim. me afirmo no mistério, e não tenho pena nem pudor. não preciso dizer mais estratégia do silêncio de ouro e da esfinge que canta. dizer “ tudo”, irradiar o strip-tease, medir com todas as palavras todos os milímetros da carnalidade é um capítulo da história da sexualidade.
o teu ( fazendo ) versinho ( querendo carinho ) ficou assim..
o que mais
me incomoda
é a rapidez
passa, e em
silêncio
eu,
cara de idiota
- you are so pretty, baby!
syl - dama que é dama faz sempre os melhores comentários...
haymone - o amarelinho querido..
irina - elephant shoe (já robei ócrus!)
alice - my only cigaret
renton - o mobral
anah - a pantaneira ha ha
seu david - o trabalha.dor que n escreve mais..
av - o de mello
dani - o livro chegou!!!
angela - é bom sempre
foi rapidinho, quase não entendi
fui te deixar
e voltei sem mim.
(pq quando rima soa cretino?)
:: ... 2:21 AM [+]
::
...
[sobre leões e carneiros]
eu me salvo com o valéry, nada é mais original, mais intríseco a si mesmo que se alimentar dos outros. é preciso porém, digeri-los. le lion est fait de mounton assimilé.